Durante a gestação, com o aumento do peso e do tamanho do útero, ocorre também um aumento da pressão dentro do abdome, o que sobrecarrega ligamentos, fáscias e os músculos do assoalho pélvico.
Os processos de gestação e parto geram diversas transformações no organismo materno, que podem favorecer o desenvolvimento de lesões na musculatura do assoalho pélvico.
O assoalho pélvico é formado por um conjunto de músculos localizados abaixo da cavidade da pelve, cuja função é dar suporte aos órgãos pélvicos e auxiliar na manutenção da continência urinária e fecal.
Durante a gestação, com o aumento do peso e do tamanho do útero, ocorre também um aumento da pressão dentro do abdome, o que sobrecarrega ligamentos, fáscias e os músculos do assoalho pélvico. Dessa forma, se o assoalho pélvico não estiver preparado para essa sobrecarga à medida que a gravidez evolui, pode surgir uma incontinência urinária de esforço.
Para prevenir ou minimizar a perda de urina, são recomendados exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico durante a gestação. Esse trabalho de fortalecimento pode ser iniciado a partir da 13ª semana de gestação, após a liberação do médico obstetra e sempre deve ser orientado por um fisioterapeuta especializado. O fisioterapeuta irá avaliar o períneo e orientar como devem ser realizados os exercícios perineais.
Além de pensar no fortalecimento do assoalho pélvico na gestação, para as mulheres que desejam um parto vaginal, é importante também ter o cuidado de evitar ou minimizar lesões da musculatura do assoalho pélvico pela passagem do bebê em seu nascimento, e assim reduzir dor e desconforto perineal após o parto.
Então, para reduzir a resistência dos músculos perineais, aumentando sua flexibilidade e evitando traumas gerados pelo parto e por lacerações, pode ser utilizada a massagem perineal e também um dispositivo que treine o alongamento da musculatura, simulando um parto vaginal. Essas duas técnicas também devem ser orientadas por um fisioterapeuta especializado, para que se obtenha um resultado positivo sem gerar danos para a musculatura do assoalho pélvico.
É importante ressaltar também, que após a gestação, independente da via de parto (vaginal ou cesárea), o acompanhamento fisioterapêutico deve ter continuidade para prevenir e tratar possíveis incontinências e fortalecer o assoalho pélvico sobrecarregado pela gestação, trabalho de parto e parto.
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